terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Enfermidade, tratamento de fé | Ronaldo Lidório

Como temos visto, a ansiedade é a preocupação excessiva sobre o futuro, muitas vezes de forma irracional ou exagerada. Tenho falado que ansiedade é nos preocuparmos com tragédias que provavelmente não acontecerão, enquanto a paz é a despreocupação mesmo quando chega a tempestade. Vimos que a cura para a ansiedade é a confiança em Cristo, por meio da oração que promove a verdadeira paz. Vimos também a relação entre a ansiedade e os pensamentos, e que a mente cheia das coisas de Deus promove corações pacificados. 

É importante também refletir sobre a relação da ansiedade com o adoecimento, os tratamentos médicos e a fé. Exporei meu entendimento de forma breve, em quatro pontos.

Primeiro, a ansiedade, que é a excessiva preocupação com os fatos da vida, deve ser colocada aos pés da cruz de Cristo, com gratidão e fé, na firme expectativa de encontrarmos em Deus a paz para nossa alma. Assim nos ensina também o apóstolo Pedro: "Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós" (1Pe 5:7). A confiança em Deus faz a nossa alma descansar. Portanto, Palavra, oração, comunhão e adoração é o caminho daqueles que descansam em Cristo.

Segundo, o aconselhamento bíblico é uma parte fundamental para o amadurecimento cristão nos mais diversos contextos, incluindo ansiedades, pecados, enfermidades e complexidades relacionais. Entendo que o aconselhamento bíblico é a primeira instância de socorro, quando precisamos da colaboração de alguém para nos ajudar a lidar com algo desafiador. É preciso, porém, que o conselheiro bíblico seja maduro na fé, tenha conhecimento da Palavra e experiência de aconselhamento. Como lemos: "Ouve o conselho e recebe a correção, para que sejas sábio nos teus últimos dias” (Pv 19:20). 

Terceiro, a ansiedade pode também se manifestar como um transtorno psíquico e emocional, algo que vai além da preocupação com os fatos da vida, ganhando contornos crônicos, afetando a saúde mental, emocional e física e, não raramente, de forma agressiva. Perante tais transtornos devemos agir como agimos com qualquer outra enfermidade: confiamos em Deus e buscamos um bom tratamento médico, sabendo que o Altíssimo também provê solução para os Seus filhos usando meios naturais, como bons profissionais de saúde. O cuidado médico e profissional é uma das formas de exercer a mordomia da saúde dada por Deus. 

Quarto, por se tratar de questões que envolvem a mente e as emoções, é importante mantermos os valores bíblicos destacados em nossos corações, especialmente perante sugestões ou orientações pessoais e profissionais que envolvem convicções, comportamento e estilo de vida. Não devemos negociar a nossa confiança em Deus nem a busca por uma vida santa perante nenhum cenário. Assim, devemos filtrar, no crivo da Palavra, toda e qualquer orientação recebida. E em qualquer circunstância lembrar: a confiança em Deus dá paz ao coração!

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