quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

A Natureza do Verdadeiro Amor (João 15.12-13) | Pr. Charles Melo de Oliveira

O mundo de hoje não sabe o que é amor de verdade. Ainda que os poetas escrevam sobre o amor, e que os cantores o expressem suas canções, jamais poderão alcançar a altitude do verdadeiro sentido e ação de amor que Jesus ensinou e demonstrou. Ele já havia dado uma importante lição de amor e humildade quando lavou os pés dos discípulos (Jo 13.1-20).

Logo depois, disse: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (13.34). Se ele voltou a esse tema em João 15, é sinal de que ele possui relevância central.

O amor encabeça a lista que descreve o fruto do Espírito (Gl 5.22). O amor é citado como essencial à saúde da igreja. Em Filipenses 2.2, Paulo diz: “tenhais o mesmo amor”; também afirma que devemos suportar “uns aos outros em amor” (Ef 4.2) e que devemos andar “em amor” (Ef 5.2). Depois afirma a necessidade de que “o amor seja sem hipocrisia” (Rm 12.9) e que não tenhamos dívida com ninguém, “exceto o amor” (Rm 13.8). O autor de Hebreus afirma que devemos considerar-nos mutuamente “para nos estimularmos ao amor” (Hb 10.24), Pedro ordena: “amai-vos uns aos outros ardentemente” (1Pe 1.22), enquanto João, o apóstolo do amor deixa claro que o amor ao próximo é sinal de que somos cristãos de verdade (1Jo 2.7-11; 3.11-24; 4.7-21). Mas o texto que mais impressiona pela precisão da descrição do amor e de sua importância na igreja é o de 1 Coríntios 13. Como alguns crentes de Corinto buscavam dons espetaculares, Paulo orienta a que buscassem o amor como o dom supremo, porque ele permanecerá até na glória.


O amor de que Cristo fala é segundo o seu padrão; é o amor ágape, sacrificial: “assim como eu vos amei” (v.12). Isso envolve altruísmo, o pensar mais no próximo do que em si mesmo, abrir mão, se gastar, se desgastar, se doar, tudo em favor do próximo e em detrimento de si mesmo. Jesus ordena isso, mas também deixa claro que ninguém alcançará o padrão máximo do amor, que é o seu próprio amor demonstrado por nós (v.13). 


Cristo ama tanto as suas ovelhas que até deu sua vida por elas (Rm 5.8). Ele quer que amemos a todos quantos também são amados por ele. Mas o nosso amor não deve se restringir aos crentes em Cristo; devemos amar os que estão distantes do Senhor também. E a melhor demonstração de amor aos perdidos é a pregação do evangelho. Afinal, Deus nos amou quando éramos seus inimigos.


Neste momento, você deve estar pensando: Como vou amar alguém com quem tenho dificuldade? Alguns conselhos podem ajudar bastante. 


Primeiro, coloque-se à sua disposição, e as oportunidades de servi-lo aumentarão o amor fraternal. O serviço é importante para fortalecer elos e criar acessos ao coração das pessoas. O Rev. Dr. Butler foi impedido por uma senhora de pisar em sua calçada. Quando ela ficou enferma, ele foi chamado para cuidar dela, o que fez com a máxima dedicação e altruísmo. Quando ela perguntou o preço dos honorários médicos, ele, cheio de amor, respondeu: “apenas o direito de pisar em sua calçada”. O amor fez com que ele não desejasse vingar-se dela.


Segundo, ore por quem tem problemas de relacionamento com você. Certo pastor orava por um irmão que o perseguia na igreja. Em vez de desejar o conflito e a vingança, ele passou a amá-lo mais ainda e orava por ele até de madrugada. Lembre-se de que você também tem seus defeitos e não é tão bom assim...


Em terceiro lugar, não feche o seu coração para o seu próximo. Esteja sempre disposto a amar; não desista de amar ninguém, porque o nosso Senhor jamais desistiu de nos amar. Antes, se deu por nós naquela cruz, mostrando a medida mais alta de amor que o mundo já viu. Afinal, “ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”.


Pr. Charles Melo de Oliveira

Fonte Devocional Fifitref

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