A expiação limitada é um dos cinco pontos do Calvinismo. Ele ensina que a morte de Cristo na cruz tem efeito limitado aos eleitos, ou seja, aqueles que Deus predestinou para a salvação.
Alguns teólogos reformados preferem o termo "redenção particular" para evitar dar a impressão de que a morte de Cristo de alguma forma foi limitada e sem efeito. "Redenção particular" quer dizer que com sua morte Cristo redimiu um povo particular, a igreja eleita antes da fundação do mundo. Outros, ainda, preferem o termo "expiação eficaz," para destacar que Cristo realmente salvou pecadores na cruz.
A Bíblia ensina que Cristo de fato redimiu, resgatou, salvou seu povo na sua morte e ressurreição. Várias passagens dizem que Cristo fez um sacrifício, fez propiciação, reconciliou seu povo com Deus, garantiu a redenção dos seus, deu sua vida em resgate por muitos (mas não todos), e suportou a maldição daqueles por quem morreu. Isso implica que Cristo obteve a salvação de seu povo e não somente abriu uma chance.
No entanto, há também passagens que parecem dizer o contrário, a saber, passagens que usam a palavra "mundo" ou "todos" para indicar a vontade de Deus com respeito e a extensão da obra de Cristo.
- Os arminianos explicam essas passagens dizendo que elas se referem à intenção de Deus de salvar a todos, mas que essa intenção não foi realizada por causa da incredulidade humana.
- Já os calvinistas explicam que as expressões “mundo” e “todos” deveriam ser entendidos à luz do contexto, o que vai mostrar que não se refere a cada pessoa que existe ou existiu, mas a determinadas categorias de pessoas, como judeus e gentios, governantes, etc.
A expiação limitada é um ponto controverso, mas os reformados acreditam que ele é bíblico e que é necessário para manter a doutrina da soberania de Deus.
Rev. Augustus Nicodemus
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