sexta-feira, 15 de março de 2024

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O DOM DE FICAR SOLTEIRO E PURO | Augustus Nicodemus

Em sua primeira carta aos Coríntios o apóstolo Paulo procura responder várias perguntas que eles haviam enviado sobre temas como alimentos sacrificados aos ídolos e dons espirituais. Entre as perguntas, havia algumas sobre o que seria melhor, casar ou ficar solteiro? Diante das circunstâncias que cercavam a igreja cristã naquela época, entre elas o risco permanente de prisão, tortura e morte por causa do Evangelho, Paulo responde assim:

"Quero que todos os homens sejam tais como também eu sou; no entanto, cada um tem de Deus o seu próprio dom; um, na verdade, de um modo; outro, de outro. E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo. Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado" (1Co 7.7-9).

Eu gostaria de me deter no fato que Paulo se refere aos estados civis de casado ou solteiro como sendo um “dom” da parte de Deus. A palavra que ele usa para “dom” aqui é a mesma que ele usa para se referir aos dons espirituais (veja 1Co 12.4, 9, 28, etc.). Paulo não era casado. Não sabemos ao certo se era solteiro ou viúvo. É possível ainda que ele tinha sido casado, mas que sua esposa o abandonou por pressão da sinagoga após ele se tornar cristão. De qualquer forma, Paulo estava só e até mesmo queria que os cristãos de Corinto seguissem o seu exemplo em não procurar casamento (1Co 7.7). É claro que essa orientação, como já dissemos, se devia ao que Paulo chama de “angustiosa situação presente” (veja 1Co 7.26). 

Portanto, não podemos afirmar que, em qualquer situação, ficar solteiro sempre é melhor. Mas podemos afirmar outras coisas.

Primeira, está implícito que ficar solteiro inclui a abstinência sexual. É o que chamamos de celibato: solteiro e puro sexualmente. 

Segunda, o celibato deve ser visto como um dom da parte de Deus. Infelizmente, muitos que não casaram se sentem diminuídos e se achando inferior aos outros como se ficar solteiro representasse um fracasso pessoal. Se essas pessoas entenderem o celibato como um dom da parte de Deus, terão uma perspectiva melhor de si mesmas e perceberão, como Paulo diz, que “cada um tem de Deus o seu próprio dom; um, na verdade, de um modo; outro, de outro” (1Co 7.7).

Terceira, se é um dom da parte de Deus, significa que podemos aproveitar o fato de que não somos casados para empregar nosso tempo, que de outra forma teria de ser investido no casamento e criação de filhos, em servir ao Senhor mais intensamente. Paulo vai desenvolver esse argumento mais adiante. 

Quarta, se Deus nos conceder o dom do celibato, podemos confiar que ele haverá de suprir as necessidades que estão relacionados ao ficar sem casar, como o necessário controle do impulso sexual. Além disso, os que estão sozinhos precisam encontrar satisfação e contentamento em amizades significativas. Se ficar solteiro é um dom da parte de Deus, podemos confiar que ele haverá de suprir todas essas necessidades.

Por fim, se o celibato é um dom de Deus, não deveríamos pressionar indevidamente os jovens, viúvos e viúvas ou separados a que se casem; e muito menos deveríamos fazer bullying com os jovens adultos que não casaram. Se tiverem oportunidade de se casar, que casem! Casar é uma bênção. Mas nem todos os cristãos irão casar. A igreja e as famílias deveriam entender isso e parar de colocar uma pressão e um estigma na testa dos solteiros adultos e outros que estão sós.

Devemos valorizar o casamento e buscar que os nossos solteiros adultos se casem, mas sempre sabendo que cada um tem de Deus o seu próprio dom. E dessa forma, devemos estar abertos para sugerir aos solteiros adultos a opção do celibato e valorizar igualmente esse dom que vem de Deus.

Augustus Nicodemus

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