terça-feira, 19 de agosto de 2025

A Igreja que Não Pode Ser Derrubada | Augustus Nicodemus

Ao longo da história, a Igreja de Cristo tem enfrentado inúmeros regimes hostis, perseguições cruéis e sistemas de governo que intentaram sufocar sua existência. No entanto, apesar das tentativas humanas de silenciá-la, a promessa de Jesus permanece inviolável: “Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18, ARA).

Desde o início, a igreja nasceu sob perseguição. O Império Romano não apenas considerava o cristianismo uma ameaça ao seu culto imperial, mas também promoveu ondas sucessivas de martírio — desde Nero até Diocleciano. Contudo, em vez de extinguir a fé cristã, o sangue dos mártires se tornou semente de novos crentes.

Na Idade Média, regimes eclesiásticos corrompidos aliaram-se a poderes políticos para sufocar qualquer voz dissonante à ortodoxia imposta, mas mesmo assim o Evangelho floresceu em movimentos como o dos valdenses, dos hussitas e, séculos mais tarde, na Reforma Protestante. A Palavra de Deus não foi algemada.

Nos tempos modernos, os regimes totalitários do século XX — como o nazismo na Alemanha, o fascismo na Itália, e o comunismo soviético — viram na fé cristã uma ameaça ao controle absoluto do Estado. Igrejas foram fechadas, pastores assassinados ou exilados, Bíblias proibidas. Ainda assim, a fé permaneceu viva nos corações dos crentes, muitas vezes reunidos em casas, porões ou campos de trabalho forçado.

Hoje, a Igreja de Cristo continua a existir e florescer em países declaradamente inimigos do cristianismo, como a Coreia do Norte, o Irã, a Eritreia, a China comunista e outras nações sob regimes islâmicos radicais. Nessas regiões, confessar a fé em Cristo pode significar prisão, tortura ou morte. E, no entanto, multiplicam-se os testemunhos de conversões, reuniões secretas, batismos clandestinos e crescimento espiritual extraordinário. A igreja subterrânea dessas nações nos lembra que o Reino de Deus avança silenciosa, mas invencivelmente.

Essa sobrevivência e prosperidade em meio à oposição não se deve à força humana, mas à fidelidade de Deus, que guarda o Seu povo e conduz Sua igreja através das eras. Como escreveu o apóstolo Paulo: “Estamos atribulados por todos os lados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos” (2 Coríntios 4.8-9, ARA).

A história da Igreja é a história da fidelidade de Deus em meio ao sofrimento humano. Contra todo regime, ideologia ou força política que se levante contra ela, a Igreja de Cristo persevera — não porque seja poderosa em si mesma, mas porque é sustentada pelo Senhor ressurreto, que vive e reina para sempre.

 Augustus Nicodemus

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