segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Imundície 》 Charles Spurgeon

● “Mas todos nós somos como o imundo (…)” (Is 64:6)

● O crente é uma nova criatura. Ele pertence a uma geração santa e particular de pessoas. O Espírito de Deus está nele e, em todos os aspectos, ele está distante do homem natural; mas, apesar de tudo, o cristão ainda é um pecador. Ele o é assim desde a imperfeição de sua natureza, e continuará assim até o fim de sua vida terrena.

● Os dedos sombrios do pecado sujam nossas mais belas vestes. O pecado mancha o nosso arrependimento até que o grande Oleiro termine a obra sobre o torno. O egoísmo contamina nossas lágrimas, a incredulidade obstrui a nossa fé.

● A melhor coisa que já fizemos para além do mérito de Jesus apenas aumentou o número de nossos pecados; quando somos os mais puros aos nossos olhos, contudo, não estamos puros aos olhos de Deus, e assim como Ele atribui loucura aos Seus anjos (Jó 4:18), muito mais Ele cobrará de nós por isso, mesmo em nossas mais angelicais disposições.

● O louvor que anima o céu, e busca reproduzir melodias seráficas, tem nele a desarmonia humana. A oração que move o braço de Deus ainda é uma ferida e maltratada oração, e apenas move o Seu braço porque o Impecável, o grande Mediador, interveio para tirar o pecado de nossa súplica.

● A fé mais dourada, ou o mais puro grau de santificação que um cristão nunca alcançou na Terra, ainda tem nela muita mistura, a ponto de ser apenas digna das chamas, se considerada em si mesma.

● Todas as noites nós olhamos no espelho, vemos um pecador, e temos a necessidade de confessar: “Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia” (Is 64:6). Oh, quão precioso é o sangue de Cristo a corações como os nossos! Que presente de valor inestimável é Sua perfeita justiça!

● Quão brilhante é a esperança futura de perfeita santidade! Mesmo agora, embora o pecado habite em nós, o seu poder está vencido; ele não tem domínio; é uma cobra desmantelada. Estamos em um amargo conflito com ele, porém é com um inimigo vencido que temos de lidar. Ainda um pouco e entraremos vitoriosamente na cidade onde nada contamina.

Por Charles H. Spurgeon

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