sábado, 3 de setembro de 2011

Orando sem sessar - C. H. Spurgeon


Eu, porém, oro. Salmos 109.4


Línguas mentirosas estavam ocupadas em falar contra a reputação de Davi. Ele, porém, não defendeu a si mesmo. Pelo contrário, ele se dirigiu a uma corte superior e apresentou o caso diante do grande Rei. A oração é a maneira mais segura de replicarmos às palavras de ódio.

O salmista não orou com um coração frio. Ele se entregou a prática da oração. Ele aplicou toda a sua alma e o seu coração neste exercício, contorcendo cada nervo e cada músculo. Esta é a única maneira pela qual cada um de nós encontrará respostas junto ao trono da graça. A súplica em que o crente não está completamente envolvido, em agonizante seriedade e veemente desejo, é totalmente ineficaz.


"A oração fervorosa", disse um crente, "à semelhança de um canhão colocado às portas do céu, faz essas portas abrirem-se amplamente". A falta mais comum em muitos de nós é a prontidão em nos rendermos a distrações. Nossos pensamentos vagueiam, e fazemos pouco progresso em direção a nosso objetivo. Assim como o mercúrio, nossos pensamentos não se manterão fixos, mas fluirão para lá e para cá. Que grande mal é esse! Ele nos injuria e, o que é pior, insulta o nosso Deus.


O que pensaríamos sobre um pedinte que, tendo uma audiência com um príncipe, estaria brincando com uma pena ou tentando pegar uma mosca? Continuidade e perseverança são expressas neste versículo. Davi não clamou uma vez e, depois, mergulhou no silêncio.


Seu clamor continuou até que lhe conquistou a bênção. A oração não deve ser uma de nossas atividades ocasionais; pelo contrário, a oração deve ser nosso negócio diário, nosso hábito, nossa vocação. Assim como os artistas se entregam à pintura de seus modelos e os poetas, à busca de seus clássicos, assim também devemos nos dedicar à oração. Temos de estar imersos na oração, orando sem cessar.



Nenhum comentário:

Postar um comentário