Quanto ao crescimento da igreja, temos hoje dois extremos: ambos perigosos, ambos inadequados, ambos prejudiciais.
De um lado temos a numerolatria. É a posição daqueles que buscam o crescimento da igreja a todo custo. Eles não estão preocupados com a verdade, mas com os resultados. Para esses, os fins justificam os meios. Para atrair as massas, vale tudo. Os protagonistas dessa filosofia torcem a Palavra, burlam as Escrituras, agridem a sã teologia, fazem promessas milagrosas em nome de Deus e enchem as pessoas de vãs esperanças.
É claro que nem tudo que cresce é de Deus. O Senhor tem compromisso com a sua Palavra e a verdade não pode ser pisada nem sonegada ao povo, mesmo que a razão para isso seja a defesa do crescimento numérico da igreja.
O outro extremo é a numerofobia. Esta é a posição daqueles que se escondem atrás das máscaras de seu fracasso, dizendo que Deus não está interessado em quantidade, mas tão somente em qualidade. Essa visão é doentia. Certamente não há qualidade sem resultados. Qualidade gera quantidade. Um corpo vivo cresce. Um ramo ligado à videira frutifica.
A igreja precisa experimentar um crescimento natural. Cada membro da igreja é um membro do corpo e tem sua função no corpo. Cada ramo da videira precisa florescer e frutificar.
Para a igreja experimentar um crescimento dinâmico, ela precisa ser saudável. Quando a igreja anda com Deus, o próprio Deus acrescenta os que vão sendo salvos. Se plantamos e regamos, Deus dá o crescimento. Outro fator fundamental para o crescimento da igreja é cada membro dela ser um elemento catalisador.
- Precisamos acolher com simpatia e amor as pessoas que vêem até nós. Precisamos receber com entusiasmo e alegria os visitantes.
- Precisamos ter compromisso de falar do que Deus fez na nossa vida para as dezenas de pessoas com quem convivemos diariamente.
- Precisamos ter prazer de convidar de forma inteligente e atrativa as pessoas para virem conosco à igreja.
Também, é fundamental que o culto seja um acontecimento singular.
- Precisamos louvar a Deus com entusiasmo.
- Precisamos demonstrar que de fato Deus está em nosso meio.
- Devemos, outrossim, servir uns aos outros com profundo amor. A igreja deve ser lugar de comunhão e amizade.
Se queremos ver a igreja crescer, precisamos nos dispor a visitar os novos conversos, ajudando-os na caminhada da fé. Se queremos pagar o preço para o crescimento da igreja, precisamos nos engajar, conforme o dom que cada um recebeu, no evangelismo, no discipulado, na visitação, na integração e no treinamento.
Não podemos ter apenas um pequeno grupo fazendo tudo. Todos precisam se envolver. Somos um corpo.
Convoco todos os membros para orar e trabalhar com afinco pelo crescimento espiritual e numérico da nossa igreja. Mãos à obra enquanto é dia, a noite vem quando ninguém mais poderá trabalhar.
Rev. Hernandes Dias Lopes
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